O futuro já chegou. 1ª Pesquisa Ibero-americana de Juventudes
O principal mérito que podemos atribuir a esse estudo é o de ser a primeira pesquisa ibero-americana aplicada com uma metodologia e um questionário comum para um total de 20 países, com uma amostra representativa de mais de 24.000 casos.
O estudo foi coordenado pela OIJ, contando com o patrocínio do BID e do CAF, foi levado a cabo entre os meses de janeiro e março de 2013 mediante sondagem telefônica em zonas urbanas com jovens de 15 a 29 anos. O questionário em si foi desenvolvido para reunir as opiniões e os pontos de vista dos jovens com respeito às instituições, temas controversos — como a legalização do aborto ou da maconha — e as perspetivas que tinham sobre a geração e o futuro deles.
Também convém destacar algumas das suas deficiências: algumas perguntas foram formuladas de forma muito simples, a análise de dados é bastante superficial e não passa do descritivo para uma maior complexidade explicativa, enquanto que aprofunda pouco nas dimensões socais que deseja analisar, se limitando a apresentar dados de opinião de maneira comparativa.
Com respeito ao “Índice de Expetativas Juvenis” (“Índice de Expectativas Juveniles”, título em castelhano), que apresenta com contribuição metodológica, temos que admitir que também é extremadamente simples, resumindo em 12 itens as dimensões sociais e pessoais nas quais caberiam as expetativas juvenis (corrupção, pobreza, violência, desigualdade, meio ambiente, participação, direitos imigrantes, emprego, qualidade de vida, saúde, educação e a própria vida). No entanto, é uma boa referência da qual podem provir próximos estudos.
O mapa a seguir apresenta os resultados do índice aplicado nas diferentes pesquisas nacionais. O índice contempla pontuações de 0 a 100, sendo 0 (zero) o valor de máximo pessimismo e 100 (cem) o de máximo otimismo.
As principais conclusões reveladas pelo informe afirmam que “os jovens da Iberoamérica tendem a olhar para o futuro de forma otimista; as expetativas que eles têm sobre o futuro são mais positivas do que as suas perceções sobre o presente e expressam maior confiança nas capacidades próprias do que nas condições oferecidas pelo contexto” (p.72).